Capítulo 2
01 Maio de 2013
(Ali
estava eu me lembrando da vaga conversa que tive com Jack, acho que queria
mentir para mim mesmo, quando dizia achar que ele estava errado, mas talvez
realmente eu precisava de alguém. Há muito tempo já não me relacionava com alguém,
mas durante toda minha vida só presenciei decepções e de alguma forma fugia de
mais uma.)
Smith olhava para o
vago escuro que rodeava todo o seu quarto, ora bagunçado, como o que de alguém
que não passava lá há dias, ou não tivera tempo ou vontade alguma de arrumar. Se
levantando diz para si mesmo enquanto balança a cabeça e pega seu velho casaco
de couro que o guardara desde que ganhara de presente de uma de suas ultimas
decepções. Se dirigindo para o laboratório acaba por ter uma idéia e passa toda
sua noite á pô-la em pratica. Smith nem percebe o tempo passar enquanto tenta
seus novos experimentos e compostos em ratos, e acaba adormecendo.
(Naquela
noite eu sonhei que desta vez dava tudo certo, e também com uma garota, não a
conhecia, pra falar a verdade, nunca havia visto uma garota tão linda, que pena
que tudo aquilo não se passou de um sonho, mas eu queria que fosse real e
acabou sendo. Logo ao acordar tive uma surpresa, que me espantou, alegrou e, e
tive vários outros sentimentos naquele momento.)
Se levantando Smith se
pergunta onde estava e diz enquanto ainda recobra a visão e boceja:
- Não acredito que
dormi aqui.
Se dirigindo ante á
cafeteira coloca uma pequena xícara e espera por alguns segundos o café
triturado descer.
- O que?
Seu espanto era tão
notável que nem percebeu o café trasbordar por ante á xícara.
- Não acredito que deu
certo, houward, você é um rato de sorte.
Se recompondo rapidamente
desliga a cafeteira e bebe seu café correndo em direção ao telefone e ligando
para Jack que ainda no transito diz:
- O que houve? Não
acredito que dormiu no laboratório outra vez.
Smith:
- Não... ta bom sim,
mas não é sobre isso que quero falar. Deu certo!
Jack:
- O que deu certo?
Smith:
- Tudo, acho que a
partir de agora tudo vai dar certo em minha vida.
Nesse momento Jack
quase bate o carro ante á tamanho entusiasmo dizendo:
- Chego ai em segundos.
Se era possível ouvir o
ronco do velho motor do corvete 1978 cherby de Jack que derrapava a cada curva.
(Jack
era apaixonado por carros velhos, eu tentei de todas as formas convencê-lo de
se livrar dele, mais todas minhas tentativas foram inúteis. Eu sabia que apesar
de ter tido resultados positivos em ratos, aquilo ainda não me era o bastante
para humanos, eram difíceis conseguir todas as autorizações, o que para mim
tornava tudo um processo mais difícil.)
Ao Jack chegar o mesmo
espanto se era notável em seu rosto. Jack:
- Não acredito que
conseguimos, ele está bem, sobreviveu. E agora? Como vamos conseguir as
autorizações.
John:
- Não tenho certeza. Eu
não te disse que já estávamos perto.
(Naquele
momento acho que deixei o entusiasmo me levar, quem dera eu saber que estávamos
mais longe do que pensávamos e que aquilo seria nossa ruína.)
02 Julho de 2014
(Eu
ria, enquanto sozinho pensava em chorar.)
Se achegando ante á
porta de uma velha casa retira de sua bolsa um pequeno vidro com um liquido
verde e um símbolo de “perigo, produtos tóxicos” e o lança por sobre toda
escada e paredes próximas a si e olha para todos os lados se certificando de
estar sozinho, sem uma daquelas criaturas seguindo seu cheiro.
Ao entrar na casa John deixa
sua pequena bolsa e casaco em cima de uma mesa e retira sua arma enquanto se
certifica de estar sozinho.
(Aquilo
me amedrontava, mas todas as vezes tinha de me certificar que estava sozinho e
que conseguiria fugir no caso de não
estar.)
Se achegando ante á
cozinha John olha para uma pequena gaiola onde um rato branco corria em uma
roda metálica.
John:
- houward, vou precisar
de mais um pouco de sangue seu amigão. Ainda não encontrei respostas. É bom te
ter aqui amigão para conversar. Bom deixa eu ver o que temos hoje para o
jantar.
O sol já estava se
pondo e John fechara todas portas e janelas.
- Novamente macarrão!
Eu sei houward, você já está cansado de macarrão, eu também. Hoje não consegui
encontrar comida, e nosso estoque vai durar só mais alguns dias. Houward, eu
não vou lhe matar e te comer, você é meu amigo.
Com um suspiro fundo
John diz:
- Eu sei que preciso de
energia. Acho que tenho algumas almôndegas, amigão.
Ouvindo certo barulho
John rapidamente desliga a luz e em silencio se aproxima da porta com sua arma
erguida, mas após longos minutos o som termina e John adormece no sofá da sala.
(Muitos
dias se passaram da mesma forma, me escondendo tentando sobreviver com o pouco
de comida que conseguia em minhas saídas, mas cada vez ficava mais difícil, eu
sabia que não podia chamar á atenção daqueles monstros e para meu desespero,
não consegui encontrar a cura, já havia analisado de todas as formas o sangue
de houward e logo meu pobre amigo, não teria mais sangue para eu poder
analisar.)
17 Setembro de 2014
(Meu
aniversário, pensava em comemorar, chamar algumas pessoas fazer uma grande
festa, com bebidas, dança e muita diversão. O que estou dizendo. Quem eu iria
chamar. Meu melhor amigo houward, ou aqueles monstros. Sarcástico isso, não! A
comida acabou, nem acredito que sobrevivi tanto tempo, me lembro de um ano
atrás, hoje foi o dia em que tudo começou.)
17 Setembro de 2013
Jack:
- John, se arrume!
John sem entender
atende seu amigo que entrando em sua casa o anima.
- Hoje é seu
aniversário e tenho um presente pra você.
John:
- Espero que não seja
outro daqueles presentes estranhos que me dá. Ano passado o que você me deu
mesmo? Á me lembro muito bem. Você me deu um boneco ventríloquo. Ainda não sei
que utilidade aquilo me teria, mas...
Jack:
- Pensei que você
gostaria?
Os dois sorriem
enquanto saem para um bar.
Jack:
- Consegui.
John:
- O que você conseguiu?
Jack:
- Um voluntário.
Anunciei para algumas pessoas que conhecia e consegui um voluntário.
John:
- E quanto você
ofereceu a ele? Sabe que temos que cortar gastos.
Jack:
- Nada. Ele aceitou
tudo de bom grado.
John solta um grito
enquanto se levanta e diz:
- Bebida grátis para
todo mundo.
Jack:
- Não estávamos
cortando gastos?
John:
- Temos que comemorar,
agora com toda certeza conseguiremos as autorizações. Amigo, estamos ricos.
(Pensava
eu que dinheiro valia alguma coisa, aprendi muitas lições na vida, que pena que
tive de aprender da forma errada, percebi que mais que dinheiro, as pessoas tem
um valor muito maior.)
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