terça-feira, 23 de outubro de 2012

Capítulo 2



Capítulo 2

01 Maio de 2013
(Ali estava eu me lembrando da vaga conversa que tive com Jack, acho que queria mentir para mim mesmo, quando dizia achar que ele estava errado, mas talvez realmente eu precisava de alguém. Há muito tempo já não me relacionava com alguém, mas durante toda minha vida só presenciei decepções e de alguma forma fugia de mais uma.)
Smith olhava para o vago escuro que rodeava todo o seu quarto, ora bagunçado, como o que de alguém que não passava lá há dias, ou não tivera tempo ou vontade alguma de arrumar. Se levantando diz para si mesmo enquanto balança a cabeça e pega seu velho casaco de couro que o guardara desde que ganhara de presente de uma de suas ultimas decepções. Se dirigindo para o laboratório acaba por ter uma idéia e passa toda sua noite á pô-la em pratica. Smith nem percebe o tempo passar enquanto tenta seus novos experimentos e compostos em ratos, e acaba adormecendo.
(Naquela noite eu sonhei que desta vez dava tudo certo, e também com uma garota, não a conhecia, pra falar a verdade, nunca havia visto uma garota tão linda, que pena que tudo aquilo não se passou de um sonho, mas eu queria que fosse real e acabou sendo. Logo ao acordar tive uma surpresa, que me espantou, alegrou e, e tive vários outros sentimentos naquele momento.)
Se levantando Smith se pergunta onde estava e diz enquanto ainda recobra a visão e boceja:
- Não acredito que dormi aqui.
Se dirigindo ante á cafeteira coloca uma pequena xícara e espera por alguns segundos o café triturado descer.
- O que?
Seu espanto era tão notável que nem percebeu o café trasbordar por ante á xícara.
- Não acredito que deu certo, houward, você é um rato de sorte.
Se recompondo rapidamente desliga a cafeteira e bebe seu café correndo em direção ao telefone e ligando para Jack que ainda no transito diz:
- O que houve? Não acredito que dormiu no laboratório outra vez.
Smith:
- Não... ta bom sim, mas não é sobre isso que quero falar. Deu certo!
Jack:
- O que deu certo?
Smith:
- Tudo, acho que a partir de agora tudo vai dar certo em minha vida.
Nesse momento Jack quase bate o carro ante á tamanho entusiasmo dizendo:
- Chego ai em segundos.
Se era possível ouvir o ronco do velho motor do corvete 1978 cherby de Jack que derrapava a cada curva.
(Jack era apaixonado por carros velhos, eu tentei de todas as formas convencê-lo de se livrar dele, mais todas minhas tentativas foram inúteis. Eu sabia que apesar de ter tido resultados positivos em ratos, aquilo ainda não me era o bastante para humanos, eram difíceis conseguir todas as autorizações, o que para mim tornava tudo um processo mais difícil.)
Ao Jack chegar o mesmo espanto se era notável em seu rosto. Jack:
- Não acredito que conseguimos, ele está bem, sobreviveu. E agora? Como vamos conseguir as autorizações.
John:
- Não tenho certeza. Eu não te disse que já estávamos perto.
(Naquele momento acho que deixei o entusiasmo me levar, quem dera eu saber que estávamos mais longe do que pensávamos e que aquilo seria nossa ruína.)

02 Julho de 2014
(Eu ria, enquanto sozinho pensava em chorar.)
Se achegando ante á porta de uma velha casa retira de sua bolsa um pequeno vidro com um liquido verde e um símbolo de “perigo, produtos tóxicos” e o lança por sobre toda escada e paredes próximas a si e olha para todos os lados se certificando de estar sozinho, sem uma daquelas criaturas seguindo seu cheiro.
Ao entrar na casa John deixa sua pequena bolsa e casaco em cima de uma mesa e retira sua arma enquanto se certifica de estar sozinho.
(Aquilo me amedrontava, mas todas as vezes tinha de me certificar que estava sozinho e que conseguiria  fugir no caso de não estar.)
Se achegando ante á cozinha John olha para uma pequena gaiola onde um rato branco corria em uma roda metálica.
John:
- houward, vou precisar de mais um pouco de sangue seu amigão. Ainda não encontrei respostas. É bom te ter aqui amigão para conversar. Bom deixa eu ver o que temos hoje para o jantar.
O sol já estava se pondo e John fechara todas portas e janelas.
- Novamente macarrão! Eu sei houward, você já está cansado de macarrão, eu também. Hoje não consegui encontrar comida, e nosso estoque vai durar só mais alguns dias. Houward, eu não vou lhe matar e te comer, você é meu amigo.
Com um suspiro fundo John diz:
- Eu sei que preciso de energia. Acho que tenho algumas almôndegas, amigão.
Ouvindo certo barulho John rapidamente desliga a luz e em silencio se aproxima da porta com sua arma erguida, mas após longos minutos o som termina e John adormece no sofá da sala.
(Muitos dias se passaram da mesma forma, me escondendo tentando sobreviver com o pouco de comida que conseguia em minhas saídas, mas cada vez ficava mais difícil, eu sabia que não podia chamar á atenção daqueles monstros e para meu desespero, não consegui encontrar a cura, já havia analisado de todas as formas o sangue de houward e logo meu pobre amigo, não teria mais sangue para eu poder analisar.)

17 Setembro de 2014
(Meu aniversário, pensava em comemorar, chamar algumas pessoas fazer uma grande festa, com bebidas, dança e muita diversão. O que estou dizendo. Quem eu iria chamar. Meu melhor amigo houward, ou aqueles monstros. Sarcástico isso, não! A comida acabou, nem acredito que sobrevivi tanto tempo, me lembro de um ano atrás, hoje foi o dia em que tudo começou.)
17 Setembro de 2013
Jack:
- John, se arrume!
John sem entender atende seu amigo que entrando em sua casa o anima.
- Hoje é seu aniversário e tenho um presente pra você.
John:
- Espero que não seja outro daqueles presentes estranhos que me dá. Ano passado o que você me deu mesmo? Á me lembro muito bem. Você me deu um boneco ventríloquo. Ainda não sei que utilidade aquilo me teria, mas...
Jack:
- Pensei que você gostaria?  
Os dois sorriem enquanto saem para um bar.
Jack:
- Consegui.
John:
- O que você conseguiu?
Jack:
- Um voluntário. Anunciei para algumas pessoas que conhecia e consegui um voluntário.
John:
- E quanto você ofereceu a ele? Sabe que temos que cortar gastos.
Jack:
- Nada. Ele aceitou tudo de bom grado.
John solta um grito enquanto se levanta e diz:
- Bebida grátis para todo mundo.
Jack:
- Não estávamos cortando gastos?
John:
- Temos que comemorar, agora com toda certeza conseguiremos as autorizações. Amigo, estamos ricos.
(Pensava eu que dinheiro valia alguma coisa, aprendi muitas lições na vida, que pena que tive de aprender da forma errada, percebi que mais que dinheiro, as pessoas tem um valor muito maior.)

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