quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Capítulo 2
Capítulo 2
01 Maio de 2013
(Ali
estava eu me lembrando da vaga conversa que tive com Jack, acho que queria
mentir para mim mesmo, quando dizia achar que ele estava errado, mas talvez
realmente eu precisava de alguém. Há muito tempo já não me relacionava com alguém,
mas durante toda minha vida só presenciei decepções e de alguma forma fugia de
mais uma.)
Smith olhava para o
vago escuro que rodeava todo o seu quarto, ora bagunçado, como o que de alguém
que não passava lá há dias, ou não tivera tempo ou vontade alguma de arrumar. Se
levantando diz para si mesmo enquanto balança a cabeça e pega seu velho casaco
de couro que o guardara desde que ganhara de presente de uma de suas ultimas
decepções. Se dirigindo para o laboratório acaba por ter uma idéia e passa toda
sua noite á pô-la em pratica. Smith nem percebe o tempo passar enquanto tenta
seus novos experimentos e compostos em ratos, e acaba adormecendo.
(Naquela
noite eu sonhei que desta vez dava tudo certo, e também com uma garota, não a
conhecia, pra falar a verdade, nunca havia visto uma garota tão linda, que pena
que tudo aquilo não se passou de um sonho, mas eu queria que fosse real e
acabou sendo. Logo ao acordar tive uma surpresa, que me espantou, alegrou e, e
tive vários outros sentimentos naquele momento.)
Se levantando Smith se
pergunta onde estava e diz enquanto ainda recobra a visão e boceja:
- Não acredito que
dormi aqui.
Se dirigindo ante á
cafeteira coloca uma pequena xícara e espera por alguns segundos o café
triturado descer.
- O que?
Seu espanto era tão
notável que nem percebeu o café trasbordar por ante á xícara.
- Não acredito que deu
certo, houward, você é um rato de sorte.
Se recompondo rapidamente
desliga a cafeteira e bebe seu café correndo em direção ao telefone e ligando
para Jack que ainda no transito diz:
- O que houve? Não
acredito que dormiu no laboratório outra vez.
Smith:
- Não... ta bom sim,
mas não é sobre isso que quero falar. Deu certo!
Jack:
- O que deu certo?
Smith:
- Tudo, acho que a
partir de agora tudo vai dar certo em minha vida.
Nesse momento Jack
quase bate o carro ante á tamanho entusiasmo dizendo:
- Chego ai em segundos.
Se era possível ouvir o
ronco do velho motor do corvete 1978 cherby de Jack que derrapava a cada curva.
(Jack
era apaixonado por carros velhos, eu tentei de todas as formas convencê-lo de
se livrar dele, mais todas minhas tentativas foram inúteis. Eu sabia que apesar
de ter tido resultados positivos em ratos, aquilo ainda não me era o bastante
para humanos, eram difíceis conseguir todas as autorizações, o que para mim
tornava tudo um processo mais difícil.)
Ao Jack chegar o mesmo
espanto se era notável em seu rosto. Jack:
- Não acredito que
conseguimos, ele está bem, sobreviveu. E agora? Como vamos conseguir as
autorizações.
John:
- Não tenho certeza. Eu
não te disse que já estávamos perto.
(Naquele
momento acho que deixei o entusiasmo me levar, quem dera eu saber que estávamos
mais longe do que pensávamos e que aquilo seria nossa ruína.)
02 Julho de 2014
(Eu
ria, enquanto sozinho pensava em chorar.)
Se achegando ante á
porta de uma velha casa retira de sua bolsa um pequeno vidro com um liquido
verde e um símbolo de “perigo, produtos tóxicos” e o lança por sobre toda
escada e paredes próximas a si e olha para todos os lados se certificando de
estar sozinho, sem uma daquelas criaturas seguindo seu cheiro.
Ao entrar na casa John deixa
sua pequena bolsa e casaco em cima de uma mesa e retira sua arma enquanto se
certifica de estar sozinho.
(Aquilo
me amedrontava, mas todas as vezes tinha de me certificar que estava sozinho e
que conseguiria fugir no caso de não
estar.)
Se achegando ante á
cozinha John olha para uma pequena gaiola onde um rato branco corria em uma
roda metálica.
John:
- houward, vou precisar
de mais um pouco de sangue seu amigão. Ainda não encontrei respostas. É bom te
ter aqui amigão para conversar. Bom deixa eu ver o que temos hoje para o
jantar.
O sol já estava se
pondo e John fechara todas portas e janelas.
- Novamente macarrão!
Eu sei houward, você já está cansado de macarrão, eu também. Hoje não consegui
encontrar comida, e nosso estoque vai durar só mais alguns dias. Houward, eu
não vou lhe matar e te comer, você é meu amigo.
Com um suspiro fundo
John diz:
- Eu sei que preciso de
energia. Acho que tenho algumas almôndegas, amigão.
Ouvindo certo barulho
John rapidamente desliga a luz e em silencio se aproxima da porta com sua arma
erguida, mas após longos minutos o som termina e John adormece no sofá da sala.
(Muitos
dias se passaram da mesma forma, me escondendo tentando sobreviver com o pouco
de comida que conseguia em minhas saídas, mas cada vez ficava mais difícil, eu
sabia que não podia chamar á atenção daqueles monstros e para meu desespero,
não consegui encontrar a cura, já havia analisado de todas as formas o sangue
de houward e logo meu pobre amigo, não teria mais sangue para eu poder
analisar.)
17 Setembro de 2014
(Meu
aniversário, pensava em comemorar, chamar algumas pessoas fazer uma grande
festa, com bebidas, dança e muita diversão. O que estou dizendo. Quem eu iria
chamar. Meu melhor amigo houward, ou aqueles monstros. Sarcástico isso, não! A
comida acabou, nem acredito que sobrevivi tanto tempo, me lembro de um ano
atrás, hoje foi o dia em que tudo começou.)
17 Setembro de 2013
Jack:
- John, se arrume!
John sem entender
atende seu amigo que entrando em sua casa o anima.
- Hoje é seu
aniversário e tenho um presente pra você.
John:
- Espero que não seja
outro daqueles presentes estranhos que me dá. Ano passado o que você me deu
mesmo? Á me lembro muito bem. Você me deu um boneco ventríloquo. Ainda não sei
que utilidade aquilo me teria, mas...
Jack:
- Pensei que você
gostaria?
Os dois sorriem
enquanto saem para um bar.
Jack:
- Consegui.
John:
- O que você conseguiu?
Jack:
- Um voluntário.
Anunciei para algumas pessoas que conhecia e consegui um voluntário.
John:
- E quanto você
ofereceu a ele? Sabe que temos que cortar gastos.
Jack:
- Nada. Ele aceitou
tudo de bom grado.
John solta um grito
enquanto se levanta e diz:
- Bebida grátis para
todo mundo.
Jack:
- Não estávamos
cortando gastos?
John:
- Temos que comemorar,
agora com toda certeza conseguiremos as autorizações. Amigo, estamos ricos.
(Pensava
eu que dinheiro valia alguma coisa, aprendi muitas lições na vida, que pena que
tive de aprender da forma errada, percebi que mais que dinheiro, as pessoas tem
um valor muito maior.)
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Capitulo 1
Sobreviventes
Contenção
Tudo parece vazio agora, até mesmo o som do vento
parece triste e frio, e as pessoas, não há pessoas, todas elas se foram, você
deve estar se perguntando quem sou eu, bom eu, sou o ultimo sobrevivente John
Smith e esta é a minha história.
Há anos o governo
britânico como sempre procurava de alguma forma encontrar curas para todas as
doenças intermináveis, e achar solução para todas as questões não respondidas
pelo mundo, tudo que posso lhe dizer é que hoje muitas respostas foram
encontradas, mas hoje mais que nunca preferia que ainda estivessem ocultas para
meus olhos. Uma delas e a mais importante: porque o ser humano só consegue usar
11% de toda sua capacidade cerebral? O que aconteceria se nos fosse possível
usar mais? Seriamos mais inteligentes? Fortes? Quem me dera viver com essa
duvida, e foi a primeira das respostas solucionadas. E eu lhe pergunto o que
você faria se alguém lhe dissesse ter encontrado uma vacina que pudesse lhe
aumentar a capacidade de uso de seu cérebro para 100% lhe deixando invulnerável
á qualquer doença conhecida pelos seres humanos, esse é o ano de 2014 e já faz
um ano desde que isso se tornou possível, porém o que ninguém esperava
aconteceu, uma doença muito pior que todas vistas, traspassada pela suposta
cura a população de todo planeta se transformando em um vírus letal destruindo
toda vida na terra, pois hoje não os posso mais chamar de seres humanos.
01 Maio de 2013
- Doutor Smith como andam
os avanços com a vacina A?
Smith:
- Eu não sei Jack, mais
eu tenho um bom pressentimento desta vez.
Jack sorrindo diz
enquanto se senta próximo á Smith:
- Você sempre diz isto,
mas no final percebemos que estamos cada vez mais longe de achar respostas.
Smith:
- Desta vez é
diferente, eu isolei uma parte que ainda não conhecia do celebro, acho que dará
certo.
Jack olhando para o
relógio diz enquanto se levanta:
- Bom se você diz,
agora preciso almoçar. Você já tem idéia de como fará para testar isso em
pessoas, o conselho foi totalmente contra qualquer tentativa do tal.
(Eu
achava que seria possível realmente melhorar o mundo, achava estar fazendo o
bem para a humanidade, mas sempre tive minhas opiniões formadas e não queria
pensar que alguma delas poderia acabar com tudo, e isso foi o que me destruiu.)
Smith:
- Me espere, vou com
você.
02 Julho de 2014
(Há
dias não como, e ainda por cima sinto falta de alguém para conversar, queria eu
poder ter alguém para me queixar de algo ou para contar uma piada, eles não
ouvem, não mais como humanos, hoje só sentem cheiro de dor, de alguma forma sua
capacidade racional de pensar se foi embora, e aqui estou eu escondido,
enfrente á uma loja de armas, não que elas sejam úteis contra eles, mas de
alguma forma o som os atinge, como se seus sentidos estivessem descontrolados,
da mesma forma acontece com a visão e com os demais.)
Smith se escondia por
de trás de um velho carro, não se via nada na rua o que para ele era um bom
sinal, e precisava de armas para poder de alguma forma distraí-los até que
encontrasse um carro que funcionasse bem e que pudesse andar mais que dois
quilômetros sem o deixar nas mãos. Smith dá cada passo extremamente calculado
de forma que não chamasse a atenção de alguém, sua arma já estava sem balas e
toda aquela fome não lhe deixara usufruir de suas habilidades que lhe eram
essenciais para sobrevivência. As ruas estavam vazias e haviam vários carros
destruídos ante á confrontos e etcs. Smith sabia que todo aquele silencio não
era normal o que lhe fazia dobrar atenção enquanto passava de um lado para
outro da rua observando qualquer movimento.
Com passos lentos Smith
se aproxima da estante de armas, haviam armas no chão espalhadas conjuntas á
várias balas e sangue seco na mobília conjunta á um grande número de poeira.
(Logo
que vi aquele sangue, sabia que aquilo não me dera um bom pressentimento, o
sangue os atrai e apesar daquele não estar fresco, poderia lhe dizer algo
quanto, alguns deles que estiveram por ali, eles normalmente sempre ficavam escondidos,
como animais atrás de sua caça o que fazia a cidade parecer um lugar desolado,
mas sabia que toda atenção ainda era pouca. Após todo esse tempo, sabe,
consegui um lugar bem protegido contra eles, mas sabia que no caso de fome e
munição precisaria sair, mas durante todo esse período, consegui desenvolver
minhas habilidades de fuga com certa perfeição.)
Smith começa a ver o
chão tremer como um pequeno terremoto e levantando a cabeça diz para si mesmo
enquanto rapidamente retira da estante uma shotgun e ao olhar para a vidraça
corre se lançando para o outro lado enquanto vê um carro sendo lançado contra a
loja. Tudo acontece muito rápido e antes que conseguisse levantar Smith se
depara com um monstro em cima de si tentando o devorar de todas as maneiras.
Sua aparência se assemelhava com a de um humano comum, porém seus dentes haviam
se transformado em presas e seus olhos ficaram avermelhados conjunta á sua pele
que parecia estar morta, muito semelhante á zumbis de filmes de terror, mas de
fato nada igual a eles. O monstro tentava de todas as maneiras o devorar, sua
força já não era a de uma pessoa comum, mais era dez vezes maior assim como sua
velocidade e fome.
Smith segurando o
monstro e se desviando de suas mordidas diz sorrindo:
- Parece que você não
come á dias. Temos algo em comum. Vou lhe dar algo para comer.
Colocando seu pé por
sobre a barriga da criatura o lança para trás enquanto rola seu corpo para o
lado pegando a shotgun e atirando no monstro que rapidamente se levantando se
lança em sua direção, mas cai logo ao ser atingido. Olhando para o lado Smith
rapidamente atira sem pensar duas vezes lançando o outro mostro contra o carro
já dentro da loja de armas e corre para fora, onde espantado diz:
- Merda!
Smith vendo vários
outros começa a correr enquanto o monstro lançado ao carro se levanta e começa
a correr atrás de si junto aos outros.
(Naquele
momento eu pensei, como sairei dessa, já me sentia esgotado e haviam muitos
outros daqueles monstros. Me sentia esgotado, não sabia como usar meus poderes
e sabia que não podia correr mais que aquelas criaturas, só havia uma única
coisa que poderia fazer, e no final foi o que decidi.)
Smith retirando da
pequena bolsa que carregava uma granada de som diz:
- Eu á estava guardando
para emergências, acho que agora é uma.
Á lançando Smith tapa
rapidamente os ouvidos e corre em direção á um carro torcendo para que
funcionasse. Todas as criaturas gemiam ao chão com gritos de gelar a espinha o
que fazia Smith se amedrontar mais.
(Eu
nunca consegui me acostumar com aquilo, aquele som me dava medo, era frio e de
dor, me doía saber que aquilo um dia já foi uma pessoa comum como eu. Por sorte
ainda me restava um pouco de energia, o bastante, pelo menos para ligar o carro
e fugir para o mais longe que pudesse dali.)
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