quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Capitulo 1



Sobreviventes
Contenção

Tudo parece vazio agora, até mesmo o som do vento parece triste e frio, e as pessoas, não há pessoas, todas elas se foram, você deve estar se perguntando quem sou eu, bom eu, sou o ultimo sobrevivente John Smith e esta é a minha história.
Há anos o governo britânico como sempre procurava de alguma forma encontrar curas para todas as doenças intermináveis, e achar solução para todas as questões não respondidas pelo mundo, tudo que posso lhe dizer é que hoje muitas respostas foram encontradas, mas hoje mais que nunca preferia que ainda estivessem ocultas para meus olhos. Uma delas e a mais importante: porque o ser humano só consegue usar 11% de toda sua capacidade cerebral? O que aconteceria se nos fosse possível usar mais? Seriamos mais inteligentes? Fortes? Quem me dera viver com essa duvida, e foi a primeira das respostas solucionadas. E eu lhe pergunto o que você faria se alguém lhe dissesse ter encontrado uma vacina que pudesse lhe aumentar a capacidade de uso de seu cérebro para 100% lhe deixando invulnerável á qualquer doença conhecida pelos seres humanos, esse é o ano de 2014 e já faz um ano desde que isso se tornou possível, porém o que ninguém esperava aconteceu, uma doença muito pior que todas vistas, traspassada pela suposta cura a população de todo planeta se transformando em um vírus letal destruindo toda vida na terra, pois hoje não os posso mais chamar de seres humanos.

01 Maio de 2013
- Doutor Smith como andam os avanços com a vacina A?
Smith:
- Eu não sei Jack, mais eu tenho um bom pressentimento desta vez.
Jack sorrindo diz enquanto se senta próximo á Smith:
- Você sempre diz isto, mas no final percebemos que estamos cada vez mais longe de achar respostas.
Smith:
- Desta vez é diferente, eu isolei uma parte que ainda não conhecia do celebro, acho que dará certo.
Jack olhando para o relógio diz enquanto se levanta:
- Bom se você diz, agora preciso almoçar. Você já tem idéia de como fará para testar isso em pessoas, o conselho foi totalmente contra qualquer tentativa do tal.
(Eu achava que seria possível realmente melhorar o mundo, achava estar fazendo o bem para a humanidade, mas sempre tive minhas opiniões formadas e não queria pensar que alguma delas poderia acabar com tudo, e isso foi o que me destruiu.)
Smith:
- Me espere, vou com você.

02 Julho de 2014
(Há dias não como, e ainda por cima sinto falta de alguém para conversar, queria eu poder ter alguém para me queixar de algo ou para contar uma piada, eles não ouvem, não mais como humanos, hoje só sentem cheiro de dor, de alguma forma sua capacidade racional de pensar se foi embora, e aqui estou eu escondido, enfrente á uma loja de armas, não que elas sejam úteis contra eles, mas de alguma forma o som os atinge, como se seus sentidos estivessem descontrolados, da mesma forma acontece com a visão e com os demais.)
Smith se escondia por de trás de um velho carro, não se via nada na rua o que para ele era um bom sinal, e precisava de armas para poder de alguma forma distraí-los até que encontrasse um carro que funcionasse bem e que pudesse andar mais que dois quilômetros sem o deixar nas mãos. Smith dá cada passo extremamente calculado de forma que não chamasse a atenção de alguém, sua arma já estava sem balas e toda aquela fome não lhe deixara usufruir de suas habilidades que lhe eram essenciais para sobrevivência. As ruas estavam vazias e haviam vários carros destruídos ante á confrontos e etcs. Smith sabia que todo aquele silencio não era normal o que lhe fazia dobrar atenção enquanto passava de um lado para outro da rua observando qualquer movimento.
Com passos lentos Smith se aproxima da estante de armas, haviam armas no chão espalhadas conjuntas á várias balas e sangue seco na mobília conjunta á um grande número de poeira.
(Logo que vi aquele sangue, sabia que aquilo não me dera um bom pressentimento, o sangue os atrai e apesar daquele não estar fresco, poderia lhe dizer algo quanto, alguns deles que estiveram por ali, eles normalmente sempre ficavam escondidos, como animais atrás de sua caça o que fazia a cidade parecer um lugar desolado, mas sabia que toda atenção ainda era pouca. Após todo esse tempo, sabe, consegui um lugar bem protegido contra eles, mas sabia que no caso de fome e munição precisaria sair, mas durante todo esse período, consegui desenvolver minhas habilidades de fuga com certa perfeição.)
Smith começa a ver o chão tremer como um pequeno terremoto e levantando a cabeça diz para si mesmo enquanto rapidamente retira da estante uma shotgun e ao olhar para a vidraça corre se lançando para o outro lado enquanto vê um carro sendo lançado contra a loja. Tudo acontece muito rápido e antes que conseguisse levantar Smith se depara com um monstro em cima de si tentando o devorar de todas as maneiras. Sua aparência se assemelhava com a de um humano comum, porém seus dentes haviam se transformado em presas e seus olhos ficaram avermelhados conjunta á sua pele que parecia estar morta, muito semelhante á zumbis de filmes de terror, mas de fato nada igual a eles. O monstro tentava de todas as maneiras o devorar, sua força já não era a de uma pessoa comum, mais era dez vezes maior assim como sua velocidade e fome.
Smith segurando o monstro e se desviando de suas mordidas diz sorrindo:
- Parece que você não come á dias. Temos algo em comum. Vou lhe dar algo para comer.
Colocando seu pé por sobre a barriga da criatura o lança para trás enquanto rola seu corpo para o lado pegando a shotgun e atirando no monstro que rapidamente se levantando se lança em sua direção, mas cai logo ao ser atingido. Olhando para o lado Smith rapidamente atira sem pensar duas vezes lançando o outro mostro contra o carro já dentro da loja de armas e corre para fora, onde espantado diz:
- Merda!
Smith vendo vários outros começa a correr enquanto o monstro lançado ao carro se levanta e começa a correr atrás de si junto aos outros.
(Naquele momento eu pensei, como sairei dessa, já me sentia esgotado e haviam muitos outros daqueles monstros. Me sentia esgotado, não sabia como usar meus poderes e sabia que não podia correr mais que aquelas criaturas, só havia uma única coisa que poderia fazer, e no final foi o que decidi.)
Smith retirando da pequena bolsa que carregava uma granada de som diz:
- Eu á estava guardando para emergências, acho que agora é uma.
Á lançando Smith tapa rapidamente os ouvidos e corre em direção á um carro torcendo para que funcionasse. Todas as criaturas gemiam ao chão com gritos de gelar a espinha o que fazia Smith se amedrontar mais.
(Eu nunca consegui me acostumar com aquilo, aquele som me dava medo, era frio e de dor, me doía saber que aquilo um dia já foi uma pessoa comum como eu. Por sorte ainda me restava um pouco de energia, o bastante, pelo menos para ligar o carro e fugir para o mais longe que pudesse dali.)

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