Sobreviventes
Contenção
Tudo parece vazio agora, até mesmo o som do vento
parece triste e frio, e as pessoas, não há pessoas, todas elas se foram, você
deve estar se perguntando quem sou eu, bom eu, sou o ultimo sobrevivente John
Smith e esta é a minha história.
Há anos o governo
britânico como sempre procurava de alguma forma encontrar curas para todas as
doenças intermináveis, e achar solução para todas as questões não respondidas
pelo mundo, tudo que posso lhe dizer é que hoje muitas respostas foram
encontradas, mas hoje mais que nunca preferia que ainda estivessem ocultas para
meus olhos. Uma delas e a mais importante: porque o ser humano só consegue usar
11% de toda sua capacidade cerebral? O que aconteceria se nos fosse possível
usar mais? Seriamos mais inteligentes? Fortes? Quem me dera viver com essa
duvida, e foi a primeira das respostas solucionadas. E eu lhe pergunto o que
você faria se alguém lhe dissesse ter encontrado uma vacina que pudesse lhe
aumentar a capacidade de uso de seu cérebro para 100% lhe deixando invulnerável
á qualquer doença conhecida pelos seres humanos, esse é o ano de 2014 e já faz
um ano desde que isso se tornou possível, porém o que ninguém esperava
aconteceu, uma doença muito pior que todas vistas, traspassada pela suposta
cura a população de todo planeta se transformando em um vírus letal destruindo
toda vida na terra, pois hoje não os posso mais chamar de seres humanos.
01 Maio de 2013
- Doutor Smith como andam
os avanços com a vacina A?
Smith:
- Eu não sei Jack, mais
eu tenho um bom pressentimento desta vez.
Jack sorrindo diz
enquanto se senta próximo á Smith:
- Você sempre diz isto,
mas no final percebemos que estamos cada vez mais longe de achar respostas.
Smith:
- Desta vez é
diferente, eu isolei uma parte que ainda não conhecia do celebro, acho que dará
certo.
Jack olhando para o
relógio diz enquanto se levanta:
- Bom se você diz,
agora preciso almoçar. Você já tem idéia de como fará para testar isso em
pessoas, o conselho foi totalmente contra qualquer tentativa do tal.
(Eu
achava que seria possível realmente melhorar o mundo, achava estar fazendo o
bem para a humanidade, mas sempre tive minhas opiniões formadas e não queria
pensar que alguma delas poderia acabar com tudo, e isso foi o que me destruiu.)
Smith:
- Me espere, vou com
você.
02 Julho de 2014
(Há
dias não como, e ainda por cima sinto falta de alguém para conversar, queria eu
poder ter alguém para me queixar de algo ou para contar uma piada, eles não
ouvem, não mais como humanos, hoje só sentem cheiro de dor, de alguma forma sua
capacidade racional de pensar se foi embora, e aqui estou eu escondido,
enfrente á uma loja de armas, não que elas sejam úteis contra eles, mas de
alguma forma o som os atinge, como se seus sentidos estivessem descontrolados,
da mesma forma acontece com a visão e com os demais.)
Smith se escondia por
de trás de um velho carro, não se via nada na rua o que para ele era um bom
sinal, e precisava de armas para poder de alguma forma distraí-los até que
encontrasse um carro que funcionasse bem e que pudesse andar mais que dois
quilômetros sem o deixar nas mãos. Smith dá cada passo extremamente calculado
de forma que não chamasse a atenção de alguém, sua arma já estava sem balas e
toda aquela fome não lhe deixara usufruir de suas habilidades que lhe eram
essenciais para sobrevivência. As ruas estavam vazias e haviam vários carros
destruídos ante á confrontos e etcs. Smith sabia que todo aquele silencio não
era normal o que lhe fazia dobrar atenção enquanto passava de um lado para
outro da rua observando qualquer movimento.
Com passos lentos Smith
se aproxima da estante de armas, haviam armas no chão espalhadas conjuntas á
várias balas e sangue seco na mobília conjunta á um grande número de poeira.
(Logo
que vi aquele sangue, sabia que aquilo não me dera um bom pressentimento, o
sangue os atrai e apesar daquele não estar fresco, poderia lhe dizer algo
quanto, alguns deles que estiveram por ali, eles normalmente sempre ficavam escondidos,
como animais atrás de sua caça o que fazia a cidade parecer um lugar desolado,
mas sabia que toda atenção ainda era pouca. Após todo esse tempo, sabe,
consegui um lugar bem protegido contra eles, mas sabia que no caso de fome e
munição precisaria sair, mas durante todo esse período, consegui desenvolver
minhas habilidades de fuga com certa perfeição.)
Smith começa a ver o
chão tremer como um pequeno terremoto e levantando a cabeça diz para si mesmo
enquanto rapidamente retira da estante uma shotgun e ao olhar para a vidraça
corre se lançando para o outro lado enquanto vê um carro sendo lançado contra a
loja. Tudo acontece muito rápido e antes que conseguisse levantar Smith se
depara com um monstro em cima de si tentando o devorar de todas as maneiras.
Sua aparência se assemelhava com a de um humano comum, porém seus dentes haviam
se transformado em presas e seus olhos ficaram avermelhados conjunta á sua pele
que parecia estar morta, muito semelhante á zumbis de filmes de terror, mas de
fato nada igual a eles. O monstro tentava de todas as maneiras o devorar, sua
força já não era a de uma pessoa comum, mais era dez vezes maior assim como sua
velocidade e fome.
Smith segurando o
monstro e se desviando de suas mordidas diz sorrindo:
- Parece que você não
come á dias. Temos algo em comum. Vou lhe dar algo para comer.
Colocando seu pé por
sobre a barriga da criatura o lança para trás enquanto rola seu corpo para o
lado pegando a shotgun e atirando no monstro que rapidamente se levantando se
lança em sua direção, mas cai logo ao ser atingido. Olhando para o lado Smith
rapidamente atira sem pensar duas vezes lançando o outro mostro contra o carro
já dentro da loja de armas e corre para fora, onde espantado diz:
- Merda!
Smith vendo vários
outros começa a correr enquanto o monstro lançado ao carro se levanta e começa
a correr atrás de si junto aos outros.
(Naquele
momento eu pensei, como sairei dessa, já me sentia esgotado e haviam muitos
outros daqueles monstros. Me sentia esgotado, não sabia como usar meus poderes
e sabia que não podia correr mais que aquelas criaturas, só havia uma única
coisa que poderia fazer, e no final foi o que decidi.)
Smith retirando da
pequena bolsa que carregava uma granada de som diz:
- Eu á estava guardando
para emergências, acho que agora é uma.
Á lançando Smith tapa
rapidamente os ouvidos e corre em direção á um carro torcendo para que
funcionasse. Todas as criaturas gemiam ao chão com gritos de gelar a espinha o
que fazia Smith se amedrontar mais.
(Eu
nunca consegui me acostumar com aquilo, aquele som me dava medo, era frio e de
dor, me doía saber que aquilo um dia já foi uma pessoa comum como eu. Por sorte
ainda me restava um pouco de energia, o bastante, pelo menos para ligar o carro
e fugir para o mais longe que pudesse dali.)
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